Desfiles Internacionais: Como Adaptar as Passarelas para o Mercado Atacadista Brasileiro

As passarelas ditam não apenas o que estará em alta nas lojas de luxo, mas influenciam todo o ciclo da moda, chegando até o mercado atacadista e às confecções brasileiras.

Para o dono de confecção, entender a influência desses desfiles não significa copiar, mas sim adaptar. É preciso ter um olhar estratégico para traduzir as tendências de alta costura para a realidade, o clima, o corpo e o poder de compra do consumidor brasileiro, que é o público final dos lojistas atacadistas.

Por que observar os desfiles internacionais?
  1. Antecipação de tendências: As passarelas mostram com meses de antecedência o que será visto nas ruas. Isso dá tempo para sua confecção se planejar, desenvolver coleções e comprar tecidos.
  2. Direção de estilo: Cores, texturas, silhuetas, comprimentos e detalhes que aparecem em vários desfiles indicam as macro tendências.
  3. Inovação em materiais: Novas tecnologias em tecidos, acabamentos e aplicações muitas vezes são apresentadas primeiro nesses eventos.

 

Como adaptar as tendências para o atacado brasileiro:

A arte está em pegar a essência das passarelas e transformá-la em peças comerciais e desejáveis para o seu público atacadista.

  1. Decodifique as tendências (cores, texturas, formas):
    • Cores: Identifique a cartela de cores predominante nos desfiles. Em vez de usar tons exatos, adapte para uma paleta que combine com o gosto brasileiro e que tenha boa saída comercial.
    • Silhuetas: As formas amplas estão em alta? Ou as mais ajustadas? Adapte esses volumes para o biotipo brasileiro, que valoriza um bom caimento e conforto.
    • Tecidos e texturas: Veja quais materiais estão em evidência (ex: metálicos, rústicos, brilhos). Busque opções mais acessíveis ou similares que sua confecção consiga trabalhar, mantendo a sensação da tendência.

  1. Faça a “tropicalização” e a funcionalidade:
    • Clima: Uma peça pesada de inverno europeu pode virar uma versão mais leve para o inverno ameno do Brasil. Adaptar mangas, comprimentos e tecidos é essencial para o nosso clima tropical.
    • Ocasião de uso: Peças conceituais de passarela precisam se tornar usáveis no dia a dia do consumidor brasileiro, seja para o trabalho, lazer ou eventos sociais. Pense na versatilidade.
    • Conforto: O consumidor brasileiro busca conforto e praticidade. Adapte tecidos e modelagens para que as peças sejam agradáveis de usar.

 

  1. Olho no custo-benefício e na produção:
    • Viabilidade de produção: Algumas técnicas ou acabamentos de alta costura são caríssimos e demorados. Simplifique e adapte esses detalhes para sua realidade de produção e maquinário, mantendo a estética da tendência.
    • Preço para o lojista: Mantenha em mente o preço final que o lojista precisará praticar e, consequentemente, o custo de produção que sua confecção pode absorver. A adaptação deve ser financeiramente viável.

 

  1. Crie sua própria identidade:
    • A maior adaptação é manter a essência da sua marca. As tendências são guias, não regras absolutas. Sua confecção deve interpretá-las, adicionando seu DNA e diferencial.

Observar os desfiles internacionais é um investimento valioso. Com um olhar apurado para as tendências e a habilidade de adaptá-las de forma inteligente, sua confecção pode oferecer coleções atualizadas, competitivas e, o mais importante, altamente desejáveis para o lojista e, consequentemente, para o consumidor final brasileiro.

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